terça-feira, 30 de abril de 2013

Meu Trabalho



Eu trabalho porque a vida
me faz trabalhar para progredir
 e crescer como cidadã.
Já alcancei muitas vitórias
ensinando formando
grandes profissionais.
Muitos cidadãos foram
formados por mim
e esse é o maior presente
que já recebi na vida.
Passar o que é bom
para os meus alunos
que com carinho ensinei.
Preparei-os como cidadãos
para viverem em sociedade
com respeito honestidade.
São pessoas maravilhosa
que estão fazendo crescer
a sua vida profissional
como verdadeiros cidadãos.
Sou professora é sinto-me
feliz por isso porque ninguém
se forma ou adquire cultura
e conhecimento sem o professor.

Regina Mercia Sene Soares
Professora e Historiadora.


Dia Do Trabalho


 

Em 1º de maio de 1940, o presidente Getúlio Vargas instituiu o salário mínimo. Este deveria suprir as necessidades básicas de uma família (moradia, alimentação, saúde, vestuário, educação e lazer)
- Em 1º de maio de 1941 foi criada a Justiça do Trabalho, destinada a resolver questões judiciais relacionadas, especificamente, as relações de trabalho e aos direitos dos trabalhadores
A História do Dia do Trabalho remonta ao ano de 1886 na industrializada cidade de Chicago (Estados Unidos). No dia 1º de maio deste ano, milhares de trabalhadores foram às ruas reivindicar melhores condições de trabalho, entre elas, a redução da jornada de trabalho de treze para oito horas diárias. Neste mesmo dia ocorreu nos Estados Unidos uma grande greve geral dos trabalhadores.

Dois dias após os acontecimentos, um conflito envolvendo policiais e trabalhadores provocou a morte de alguns manifestantes. Este fato gerou revolta nos trabalhadores, provocando outros enfrentamentos com policiais. No dia 4 de maio, num conflito de rua, manifestantes atiraram uma bomba nos policiais, provocando a morte de sete deles. Foi o estopim para que os policiais começassem a atirar no grupo de manifestantes. O resultado foi a morte de doze protestantes e dezenas de pessoas feridas.
Foram dias marcantes na história da luta dos trabalhadores por melhores condições de trabalho. Para homenagear aqueles que morreram nos conflitos, a Segunda Internacional Socialista, ocorrida na capital francesa em 20 de junho de 1889, criou o Dia Mundial do Trabalho, que seria comemorado em 1º de maio de cada ano.
Porque será que hoje o trabalhador tem que fazer greve para receber aumento? Enquanto os políticos votam o seu próprio aumento!?
Regina Mercia Sene Soares- Historiadora

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mulher Especial Léa Lú

CERCLE UNIVERSEL des Ambassadeurs de la Paix France / Suisse
Círculo Universal dos Embaixadores da Paz & de l' Embaixada Universal da Paz  
Léa Lu-Brasileira, natural do vale do Aço-Timóteo-MG
EMPRESÁRIA, EDITEC
- Edição de livros


TRINTA E CINCO ANOS DE CARREIRA, AUTORA DE DEZOITO OBRAS
REGISTRO PROFISSIONAL-
 RG- CCTC-TERRA VERDE-6282
ESCRITORA / PALESTRANTE / ATIVISTA CULTURAL 
ACADÊMICA da ALB/MG CAD. º 21 da Academia de Letras de Brasil
AUTORA DO PROJETO VAEBRASIL (Projeto Escolar)
PRESIDENTE  DO PROJETO  VAEBRASIL-Faculdade da Paz e reconhecimento de talentos
EDITORA GOOGLE Adsense
 
EMBAIXADORA do círculo universal da paz França/suiça
EMBAIXADORA - SVAI VENEZUELA X BRASIL- (Sociedade Venezolana de Artes Internacional)
DELEGADA CULTURAL, da UHE PERÚ X BRASIL (Unión Hispano americana de Escritores
CONSUL POETA DEL MUNDO- CHILE / BRASIL ( Movimento Internacional de Poetas )
CONSELHEIRA FISCAL- DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL POETAS DEL MUNDO/MG/BH
DIRETORA REGIONAL DA FEBAC- em Contagem/MG
Federação Brasileira de Alternativos Culturais
MILITANTE DA CULTURA, LEVA SEU PROJETO EM TODO BRASIL
FAZENDO DA POESIA UMA ORAÇÃO AO AMOR E A BUSCA PELA PAZ
ATUALMENTE RESIDE NA CIDADE DE CONTAGEM- MG
 Contato comercial- 55 31 3396-0206


 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Descobrimento do Brasil

Descobrimento do Brasil
Comemora-se dia 22 de abril de 1500

Eurocentrismo na Historia do Brasil. Este conceito foi muito utilizado no período das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos (séculos XV e XVI). Nesta fase da historia os principais navegadores eram portugueses e espanhóis. Hoje o eurocentrismo é um conceito que não é mais aplicado, pois atualmente sabemos que há uma cultura superior a outra, elas são apenas diferentes.
Com a chegada dos portugueses no Brasil em 22 de abril de 1500, data que inaugura a fase pré-colonial. Existem dois tipos de colonização: de exploração e de povoamento. No Brasil foi a exploração que predominou. Pois os portugueses vieram para o nosso País, a partir de 1500, para retirar recursos naturais e minerais (pau-brasil, ouro e diamante e outras pedras preciosas), ou para produzir açúcar, levando o lucro para Portugal.
Os portugueses não estavam interessados em desenvolver o Brasil. Este mesmo tipo de colonização ocorreu nos Países da America, que foram colonizados pela Espanha.
Regina Mercia Sene Soares: Historiadora; Pós Graduada em Fundamentos e Técnicas Pedagógicas; Poetisa; Membra Efetiva da Academia de Letras AVSPE-SC.

Inconfidencia Mineira

Inconfidência Mineira
Dia 21 de abril comemora-se o dia de Tiradentes

A Inconfidência Mineira foi um dos mais importantes movimentos sociais da Historia do Brasil. Significou a luta do povo brasileiro pela liberdade contra a opressão do governo português no período colonial. Ocorreu em Minas Gerais em 1789, em pleno ciclo do ouro,na cidade de Ouro Preto. No final do século XVIII, o Brasil ainda era colônia de Portugal e sofria os abusos políticos com cobranças de altas taxas de impostos a tal Derrama imposto altíssimo, que era exigência da Coroa. Então a elite brasileira se uniu (intelectuais, fazendeiros, militares e donos das minas). O líder do grupo foi o Alferes Joaquim José da Silva Xavier.
A idéia do grupo era conquistar a liberdade definitiva e implantar o sistema do governo republicano. Criaram uma bandeira, que seria composta por um triangulo vermelho num fundo branco, com a inscrição em latim Libertas Quae Sera Tamem (Liberdade Ainda que Tardia). Porem um dos inconfidentes Joaquim Silvério dos Reis delatou o movimento para as autoridades portuguesas, em troca do perdão de suas dividas com a coroa.
Todos os inconfidentes foram presos e degredados para a África e os outros uma pena de prisão. Porem Tiradentes o líder do movimento foi condenado à forca em praça publica. Embora fracassada, podemos considerar a Inconfidência Mineira como um exemplo valoroso da luta dos brasileiros pela independência, pela liberdade e contra um governo que tratava a colônia com violência, ganância e falta de respeito.  
Regina Mercia Sene Soares: Historiadora, Pós Graduada em Fundamentos e Técnicas Pedagógicas, Mestrado em Educação e Meio Ambiente, Poetisa, Membra Efetiva da Academia de Letras AVSPE-SC.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Mãe é Tudo

 

E no fim desiludido
Sem esperança e ninguém
É saudades que nos lembra
Que somos felizes também!

E quando, na mocidade
Trilhamos grandes desertos
É estrela de luz amiga
Guiando os passos incertos!

Essa nossa infância de sonhos
Com a magia do amor
É fada que mostra a vida
Sem os espinhos da dor!

Mãe tu é bela
Enfrenta a dor
Nos ajuda na infância
Mãe é todo amor


Regina Mercia Sene Soares

Flores!



São feitas com amores
Sutis e delicadas
Como uma folha de seda
Que ornamenta a vida
Tornando-a mais alegre

Flor só se oferece
A alguém especial
Sem flores a vida é triste
Porque são elas
Que dão aquele charme

São elas que enfeitam
Toda essa bela natureza
Parece uma pintura
Feitas com pincel

Regina Mercia Sene Soares
14/01/2013

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Personalidade em Destaque

DR. IVAN DO AMARAL PASSOS


RIO DE JANEIRO – RJ
Nasceu na cidade de Niterói – RJ em 28 de fevereiro de 1931. É formado em Direito na SUAN-RJ, mas exerceu essa função para atender as pessoas carentes de recursos sem de elas aceitarem um centavo sequer. Contribuiu na pedagogia criando e construindo mais de onze jogos pedagógicos. Inventou um processo de marcheteria em móveis de madeira  com ajustamento de 100% (sem folgas). 
Ajudou a construir as máscaras de usinagem e fabricou os dez primeiros suportes metálicos para válvulas de coração para Dr. Geraldo Ramalho. Dr. Ivan é dono de uma beleza voz e toca alguns instrumentos musicais. 
É escritor, declamador,poeta e cantor, tendo publicado cerca de 30 (trinta) artigos e poemas no Arauto dos Advogados e Antologias literárias em nível internacional .Promoveu vários saraus literários e musicais na OAB de Niterói e casas filantrópicas. Foi convidado para se apresentar em shows de diversas regiões do Brasil, neles recebendo troféus, medalhas, taças etc. 
Promoveu palestras filosóficas e didáticas em faculdade e outras instituições no Rio de Janeiro nas quais foi sempre convidado e recebido com muito calor e respeito. 
A sua dedicação a música levou-o  a estudar,sentindo que faltava algo que ele podia descobrir neste campo. Por este  motivo está pesquisando atentamente e desenvolvendo um novo método de aprendizado musical que vai revolucionar pela sua dinâmica e facilidade, abrindo novos horizontes para os novos musicistas.
O Dr. Ivan do Amaral Passos foi apresentador da série de programas‘’Notáveis Juristas’’ na OAB de Niterói com muita elegância e seriedade. Foi pioneiro na batalha pela palavra gravada como prova nos processos judiciais e ainda hoje é um lutador contra as injustiças sociais quando se manifestam, onde quer que seja. 
É um homem destemido e como prova disso incluiu em sua trajetória literária inúmeros poemas de sua autoria que revela seu espírito de justiça e de sobriedade. Merecidamente foi outorgado na 47ª edição dos Destaques do Ano com o Troféu Carlos Drummond de Andrade em Itabira- Minas Gerais, evento este considerado o mais tradicional do gênero no Brasil. 
Recebeu dia 06 de abril de 2013,  Evento Profissionais Saúde-Trofeu Carlos Chagas. Itabira-MG

terça-feira, 16 de abril de 2013

Os Indios

Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?
Utilização da Matéria Prima
Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (ocas). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.
Organização das Tribos
Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.
A educação indígena
É bem interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada à realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 os 14 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

Religião Indígena
Cada nação indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Para estes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas. O pajé era o responsável por transmitir estes conhecimentos aos habitantes da tribo. Algumas tribos chegavam a enterrar o corpo dos índios em grandes vasos de cerâmica, onde além do cadáver ficavam os objetos pessoais. Isto mostra que estas tribos acreditavam numa vida após a morte.

Pesquisadora:Regina Mercia Sene Soares

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Poesia do Carlão para mim



Obrigado a ti Regina
Com esse jeito de menina
A todos sempre fascina
É o que a historia ensina
Tua elegância predomina
Na estrada, pois é sina
É viver que não termina
No barulho e em surdina
Onde tudo desatina
Pois a vida é cortina
Abrindo toda neblina
Tua amizade contamina
Desejo não discrimina
Meus 50 é coisa fina
Aprendi em Petrolina
Numa casa de esquina
Já rimei mino com mina
Na cidade cristalina
NO CABELO A PARAFINA
Peguei onda na piscina
Pra dizer pra ti REGINA   OBRIGADO MINHA FLOR.





BEIJOS E MUITO OBRIGADÃO VIU??????


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Luxuria Cigana



Honrosa estética humana
A eloqüência das belas mulheres
São trigueiras... Faceiras e honrosas
Que formam com frequencia casais

Homens e mulheres que buscam riquezas
Jóias preciosas que se tornam grandes tesouros
São povos que se misturam em suas andanças
Sendo nômades andam pelo mundo sem fim

Cobrem-se de jóias e suas vestes são coloridas
As mulheres com sua graça e beleza dançam
Para os homens másculos que as cortejam
Tornando-se lindas amantes muito elegantes

Sua pele acetinada e seu perfume inebriante
Faz com que os olhos dos homens cintilem
De admiração e paixão que toca o profundo
Da alma pois os ciganos buscam a riqueza

Juntando grandes tesouros que os deslumbram
Jóias preciosas colares... Anéis... Pulseiras
De pedras preciosas esmeralda... Rubis... Topázio
Enfeitando-se também com ouro... Prata...

Andam pelo mundo em busca de emoção
Colocando toda a expressão selvagem
De seu ser, pois são como uma miragem
Com sua audácia sempre a conquistar

Enxergam tudo, pois seus olhos são espirituais
Onde a liquidez se entremeia com a timidez
E ao mesmo tempo tornam-se solenes
Como povos corajosos de valor e riqueza

Regina Mercia Sene Soares

Biografia de Carlos Drummond de Andrade



Carlos Drummond de Andrade
nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Ante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.
O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha, sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e, sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Premiada com Trofeu Cecilia Meireles



No dia 6 de abril de 2013, sabado fui a Itabira-MG,  convidada para o Evento de Homenagens Mulheres Notáveis-Troféu Cecilia Meireles, que fui agraciada pelo meu destaque na Literatura com Poetisa, Profissionais da Saude Carlos Chagas e Personalidades NotáveisTrofeu Pedro Aleixo, no Salão de Festas do Censi em Itabira-Minas Gerais. Quem promoveu o Evento foi Estáqui Lúcio Félix, Coordenador Geral-Diretor da Félix-Eventos e Cerimonial, Colunista do Jornal Folha Popular de Itabira-MG.



 Indicação- Quem indicou-me para o recebimento do Trofeu Cecilia Meireles foi a Embaixadora da Paz do Brasil, Suiça e França, Léa Lu; Escritora; Palestrante; Ativista Cultural; Academica da ALB-MG na Cadeira 21 da Academia de Letras do Brasil; Diretora Regional da FEBAC- em Contagem-MG; Militante da Cultura, leva seu projeto em todo Brasil.
Regina Mercia Sene Soares

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Maravilhos e Eterno



A essência de realizar
E de tudo ser capaz
Da transformação humana
Em seu simples amar
Estabelecendo o relacionar
Com alguém e isolar
De uma situação
Cuja traga uma emoção
Ao aceitar um convite
Para criar o que não existe
Mas ai algo que não pode evitar
Quando esta perto e sair
Em busca de um jovem amor que
Resiste seu pobre coração
Estando ele cheio de magoa
Mas ao mesmo tempo apaga
Aquela esperança longínqua
E ao mesmo tempo sinta
A beleza da relação que o espera
Com um aperto de solidão
Nunca deixar de amar e não
Querer que aquela pessoa querida
Deixa-a tão sofrida e abatida
Mais uma vez encontrar
O seu grande amor para dar
E abrir seu coração e sorrir
Com brilho nos olhos de paixão
E acreditar que esse sentimento
Possa sempre escrever uma
Linda historia de amor
Esse amor maravilhoso e eterno

Regina Mercia sene soares
03/04/2013


Era uma vez um barco




 
Era uma vez um barco que tinha medo do mar. Quando o meteram à água, a primeira vez achou-lhe graça. E antes, enquanto o faziam, quando sentiu que sentia alma, via na água um destino, e pensava em como seria bom sentir a água no casco, a água que afagava as pedras da borda do rio, ali ao lado, no sítio onde o faziam. Quando depois o meteram à água, achou-lhe graça. E começou a vida de barco na água do rio. No dia a dia levavam-no rio acima.
No dia a dia traziam-no rio abaixo. Sem sobressaltos. Dias bonitos. Com transportes de gentes. Transportes dos seus pertences. Gente que entrava. Gente que saía. Gente que passava que vivia. E quem entrava e quem saía, falava e contava. Histórias de marinhas e marinheiros. Histórias que falavam do que era o mar. Naquelas viagens rio acima e rio abaixo ouvia falar do mar. Da braveza. Da profundidade.
Do que dava. Do que tirava. De como era o mar grande. E salgado. Começou a crescer-lhe a curiosidade. E nasceu-lhe uma vontade de conhecer o mar. Vontade própria inconsequente, que vontade de barco não é nada. Achava ele, pensava. E por isso as viagens rio acima e rio abaixo, dia a dia, continuaram. Até que um dia... Um dia a viagem desse dia não foi rio acima. Foi só rio abaixo. Em vez de olhar as margens já tão conhecidas, via margens desconhecidas. E as margens alargavam-se. Mais e mais. Afastaram-se as margens tanto que deixou de ver a outra margem. Antes seguia sempre no meio do rio. Agora era juntinho a uma margem que passava. Parecia que o rio já não era rio. Começou a ter medo e a perguntar-se onde estava. No céu voavam pássaros brancos que piavam. Alto.
Mal batiam as asas e voavam. De vez em quando se encolhiam e picavam, enfiavam-se água adentro e voltavam. Um peixe preso no bico. Quando um picou junto a ele, a entrar na água caída lá do alto, quase sem barulho, assustou-se. Voltou o pássaro à tona num instante, o bico enorme armado de peixe grande a estrebuchar. E o peixe, a lutar, parou uns momentos, a olhá-lo, e parecia perguntar “que fazes aqui?”. E os olhos pequeninos do pássaro, o peixe bem firme no bico, olhavam-no e pareciam perguntar “que fazes aqui?”. E um peixe mais afoito, sentindo o pássaro ocupado, chegou-se à superfície, curioso, olhou-o e parecia perguntar “que fazes aqui?”. No bico enorme o peixe continuava a torcer-se. Até que o bico deu uma volta ao peixe e o peixe desapareceu, goela adentra, e as asas bateram, e o corpo andou sobre a água, e em menos de nada o pássaro já estava lá no alto de novo, a piar forte ao lado dos outros pássaros, que o barco não sabia, mas que se chamavam gaivotas, e os pássaros piavam todos e parecia que todos gritavam “que fazes aqui? que fazes aqui?”.
E ele não sabia o que fazia ali nem onde era aquele ali onde estava. Até que sentiu o que antes nunca tinha sentido. Parecia que a água afagava de modo diferente. Do outro modo de afagar da água quando ia rio acima, quando ia rio abaixo. Ali a água tinha outro trato. Mais forte. Mais bruta. A água chegava-lhe numa brusquidão que não conhecia. E a medida que a viagem continuava mais aquela água batia. Até que deixou de bater. Estranhamente. Mas sentia-se a subir, e a descer, subia, descia, num ritmo alucinante, deixava de ver à volta o que fosse de terra conhecida, afundava-se em buracos de água, descia entre água, água a toda a volta, paredes de água, para subir depois em vertigem, disparado para o alto, suportado quase em nada, o céu tão perto, e olhando em volta só água em altos, em baixos, movimentos perpétuos, de novo vinha para baixo, de novo para cima, sem parar, estonteante, ritmo alucinante. E ali a água era amarga. Um amargo estranho. Tudo era estranho. Lembrou-se das histórias, e fixou-se nos detalhes, nas partes menos percebidas, agora com sentido, as ondas, as vagas, o sal, tempestades. Ali era o mar. Tinha medo do mar. Tinha medo daquele mar. E no ar já não haviam gaivotas. Nem os peixes por perto. E ninguém o parecia fixar, como quem pergunta, como quem se admira, “que fazes aqui?”, ninguém no mar, só ele no ar, pelas vagas, só ele entre o mar, pelas cavas, e o mar não lhe perguntava, “que fazes aqui?”, ele sozinho, no mar aquele mar.Odiou o mar.
Odiou o desconhecido. Odiou o que passava, odiou o que vivia, sonhou que sonhava, e o mar açoitava as vagas, as cavas. Quis fugir. E só era um barco. Que vontade de barco não é vista nem achada nas andanças em que anda, nas andanças que passa. As andanças. Continuaram. Não passaram. Depois pararam. Estava um peixe a passar. Estava um cardume a passear. Uma alga a evoluir. Uma medusa a fluir. Estava uma concha aberta. Estava uma estrela desperta. E no céu. Milhões de estrelas pestanejavam. No céu, o luar. Passeava. Por entre nuvens muito escuras. Por entre ventos e chuvas. E no fundo do mar, o barco que tinha medo do mar, já não tinha medo do mar.
(Autor Desconhecido)