segunda-feira, 24 de novembro de 2014

DIA DO BARROCO MINEIRO


Maior expoente da arte colonial no Brasil, sua obra está toda em Minas, nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João Del-Rei e Congonhas.

Um mito que foi apropriado de formas diferentes em diversos contextos da história brasileira. Uma referência não só de arte, mas também de linguagem e pensamento coloniais. Uma mercadoria disputada por colecionadores do patrimônio artístico nacional. Essas são algumas das muitas e possíveis definições de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, próximo do bicentenário de sua morte: Antônio Francisco da Costa Lisboa.
Maior expoente da arte colonial no Brasil, sua obra está toda em Minas, nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João Del-Rei e Congonhas.
Para embaralhar e ampliar as leituras em torno do mestre, muitos fatos de sua vida estão cercados de mistério. Antonio Francisco da Costa Lisboa, pode ter nascido em 1730 ou em 1738; ele provavelmente sofria de hanseníase ou, talvez, de outra doença; o artista teria criado centenas de obras ou talvez o número não seja tão grande assim.
Contudo, é certo que o genial criador dos 12 profetas de pedra-sabão em Congonhas (sua obra máxima de escultura) e da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto (sua obra máxima de arquitetura e ornamentação) morreu no dia 18 de novembro de 1814. E outra certeza ilumina a obra criada por ele: em 2014, 200 anos depois de sua morte, está ainda mais viva a admiração em torno de seus notáveis projetos arquitetônicos, estatuárias, relevos e talhas.


Nesta segunda-feira (18), é comemorado o Dia do Barroco Mineiro, instituído pela Lei 20.470, de 2012, uma iniciativa da Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). A lei determina que 2014 será o Ano de Comemoração do Bicentenário de Antonio Francisco de Assis, e que, anualmente, em 18 de novembro, sejam realizadas no Estado atividades com o objetivo de preservar, valorizar e divulgar o patrimônio histórico, artístico e cultural vinculado ao Barroco Mineiro, à obra de Antônio Francisco Lisboa e aos demais expoentes desse estilo.
Hoje, às 20 horas, no Plenário, será realizada uma Reunião Especial para celebrar o Dia do Barroco Mineiro, iniciando a semana comemorativa, que segue até o dia 22.
Durante a reunião, vai ser realizada a posse da comissão curadora, responsável pelas comemorações do bicentenário de sua morte. Também está programado o lançamento de um selo comemorativo do bicentenário dele, e da edição póstuma do último número da Revista Barroco.
Antonio Francisco da Costa Lisboa:Um mito que foi apropriado de formas diferentes em diversos contextos da história brasileira. Uma referência não só de arte, mas também de linguagem e pensamento coloniais. Uma mercadoria disputada por colecionadores do patrimônio artístico nacional. Essas são algumas das muitas e possíveis definições de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, próximo do bicentenário de sua morte: Antônio Francisco da Costa Lisboa, um grande artista, um gênio, que é até uma ofensa chamá-lo de Aleijadinho. Deveriam chamá-lo de o “Gênio da Arte Barroca da Linguagem e Pensamentos Coloniais”.
 Postado pela- Historiadora e Poetisa
Regina Régia


Fonte de pesquisa:www.a12.com/noticias/detalhes/minas-gerais-comemora-dia-barroco-mineiro- homenageia- Antonio- Francisco- Lisboa.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Nova publicação em TURISMO ADAPTADO

Pessoas com deficiência visual redescobrem Teresina

by Ricardo Shimosakai
Participantes do projeto descem a escada sem corrimão que dá acesso ao palco do Teatro 04 de Setembro com ajuda de uma outra pessoaParticipantes do projeto descem a escada sem corrimão que dá acesso ao palco do Teatro 04 de Setembro com ajuda de uma outra pessoa
Um grupo de pessoas com deficiência visual participantes do Projeto Um Olhar para a Cidadania, na manhã desta terça-feira (09 de abril), na praça Pedro II em Teresina (PI), se propuseram a explorar a cidade, sua acessibilidade ou a falta dela. O que eles descobriram todo é o que qualquer pessoa que passa por ali já percebeu: Teresina não possui acessibilidade.
Buracos, piso irregular, degraus demais e muitos carros estacionados em locais inapropriados compõem o retrato do centro da cidade para quem anda a pé pelas suas praças e ruas. Tudo isso, para quem enxerga, é um obstáculo, mas para quem tem qualquer tipo de limitação, se transforma numa verdadeira armadilha, por vezes perigosa. “Investiu-se muito dinheiro na praça, mas deixaram-na sem acessibilidade para qualquer um que esteja passando por dificuldades, como idosos, cadeirantes ou mulheres com crianças”, afirmou Antenilton Marques da Silva, cego de nascença, que juntamente com outras dez pessoas com deficiência visual fizeram um passeio exploratório pela praça. “Todo obstáculo precisa ter base, a bengala não identifica tudo”, completou. Todos os alunos fazem parte do Projeto “Um Olhar para a Cidadania” que tem como objetivo potencializá-los a interagir com a sociedade, mostrando suas necessidades para mudar a realidade ao seu redor.
Marcos Barbosa - cego de nascença - com um celular posicionado na altura da testa faz fotografias dos colegas na aula passeio do Projeto Um Olhar para a Cidadania. "Quando usamos as tecnologias da informação e da comunicação como estratégia para o desenvolvimento das pessoas com deficiência visual, acreditamos que estas podem ser agentes de transformação da sua própria realidade.". comenta Jessé Barbosa, coordenador do projeto Um Olhar para a Cidadania.
Por causa da falta de acessibilidade, um cego tem dificuldade em encontrar o orelhão na Praça Pedro II. Em muitos momentos só a bengala não foi suficiente para alertá-los dos perigos. Um guia que os acompanhava, os alertava. “São muitos problemas: buracos, obstáculos sem guia... Até mesmo uma árvore seca, com seus galhos salientes sem proteção, pode ferir gravemente um cego”, acrescentou Antenilton.
No passeio à praça foi possível também visitar o Teatro 04 de Setembro. Fazendo a exploração nas suas instalações a sensação foi a mesma: o local não possui também qualquer tipo de acessibilidade. “Sinto que a cidade não tem acessibilidade. É para quase ninguém andar”, afirmou Marcos Soares, que também é cego de nascença do grupo que registrou todo o passeio com seu celular, através de fotos que também ilustram essa matéria. “As pessoas, principalmente as autoridades, têm que entender que a acessibilidade é para todos: para o cadeirante, para uma mãe com um carrinho de bebê, um idoso ou alguém que está com uma impossibilidade física momentânea. As pessoas têm essa tendência de ignorar o diferente”, lamenta o estudante
Para as pessoas com deficiência visual que fizeram parte do passeio a falta de rampas na praça é o que de mais urgente deve ser modificado. Já o Teatro teria que ter diversas alterações, além das rampas, espaço para cadeiras de rodas e a possibilidade de um elevador para dar acesso aos outros andares.
Fonte: Um Olhar para a Cidadania

Os dois mundos de Rumi

Jalal ud-Din Rumi, grande poeta e místico sufi, fundador da primeira escola dos dervixes rodopiantes, viveu entre dois mundos. Rumi fora um grande teólogo e mestre espiritual persa, seguindo a tradição de seu pai, mas foi como o Revelador da Religião (“Jalal ud-Din”), que tornou-se grandioso...
O que Rumi revelava e refletia, tal qual a lua reflete aos raios do sol, era a sabedoria de Shams ud-Din de Tabriz, o Sol da Religião (“Shams ud-Din”): místico “errante” no estilo dos mitos acerca de Lao Tsé, que vagava pela Pérsia e, tendo convivido com Rumi por dois longos momentos, tornou-se para sempre o seuamado, no real sentido do “ser amado”.
Shams nada escreveu – foi Rumi quem escreveu por ele, quem refletiu sua luz... Quando foi privado pela segunda vez da companhia de Shams (na primeira ele havia se exilado por vontade própria, na segunda foi assassinado por discípulos ortodoxos de Rumi), o grande dervixe passou a dançar e compor poemas melódicos continuamente [1], conforme descreveu seu filho (Sultan Walad):
Noite e dia, em êxtase ele dançava, na terra girava como giram os céus. Rumo as estrelas lançava seus gritos e não havia quem não os escutasse. Aos músicos provia ouro e prata, e tudo mais de seu entregava. Nem por um instante ficava sem música e sem transe, nem por um momento descansava.
Houve protestos, no mundo inteiro ressoava o tumulto. A todos surpreendia que o grande sacerdote do Islam, tornado senhor dos dois universos, vivesse agora delirando como um louco, dentro e fora de casa. Por sua causa, da religião e da fé o povo se afastara; e ele, enlouquecido de amor.
Os que antes recitavam a palavra de Deus agora cantavam versos e partiam com os músicos... [2]
Com Rumi fincou-se neste mundo as bases do grande misticismo sufi
Com Rumi, e toda a dor da perda de seu sol amado, fincou-se neste mundo as bases do grande misticismo sufi, e também das danças dervixes, onde os místicos rodopiam em torno de um centro imaginário, da mesma forma que os planetas rodopiam em torno do sol.
José Jorge de Carvalho, tradutor das poesias de Rumi para o português, nos faz um alerta: “É importante que o leitor faça ideia do que seja um gazal [3] de Rumi para avaliar o que perde ao ler a presente tradução, ao tempo de poder valorizar, esperamos, o quanto ainda pode receber de significado e fruição poética. Em qualquer tradução de um gazal persa para uma língua ocidental, sacrifica-se muito esteticamente: a sonoridade, o ritmo do verso, as várias formas de rima, as aliterações, os jogos de palavras.” [2]
O que se segue, portanto, é o que sobrou da luz de sol refletida pela lua de Rumi; e que, ainda assim, delineia com espantosa exatidão os dois mundos em que o grande sufi viveu, ao menos a quem tem olhos para os ver... Estes são dois poemas de Rumi, e cada um nos traz um de seus mundos:
[A evolução da forma]
Toda forma que vês
tem seu arquétipo no mundo sem-lugar.
Se a forma esvanece, não importa,
permanece o original.
As belas figuras que viste,
as sábias palavras que escutaste,
não te entristeças se pereceram.
Enquanto a fonte é abundante,
o rio dá água sem cessar.
Por que te lamentas se nenhum dos dois se detém?
A alma é a fonte,
e as coisas criadas, os rios.
Enquanto a fonte jorra, correm os rios.
Tira da cabeça todo o pesar
e sorve aos borbotões a água deste rio.
Que a água não seca, ela não tem fim.
Desde que chegaste ao mundo do ser,
uma escada foi posta diante de ti, para que escapasses.
Primeiro, foste mineral;
depois, te tornaste planta,
e mais tarde, animal.
Como pode ser isto segredo para ti? [4]
Finalmente foste feito homem,
com conhecimento, razão e fé.
Contempla teu corpo – um punhado de pó –
vê quão perfeito se tornou!
Quando tiveres cumprido tua jornada,
decerto hás de regressar como anjo;
depois disso, terás terminado de vez com a terra,
e tua estação há de ser o céu.
Passa de novo pela vida angelical,
entra naquele oceano,
e que tua gota se torne mar,
cem vezes maior que o Mar de Oman. [5]
Abandona este filho que chamas corpo
e diz sempre “Um” com toda a alma.
Se teu corpo envelhece, que importa?
Ainda é fresca tua alma.
***
[O mundo além das palavras]
Dentro deste mundo há outro mundo
impermeável às palavras.
Nele, nem a vida teme a morte,
nem a primavera dá lugar ao outono.
Histórias e lendas surgem dos tetos e paredes,
até mesmo as rochas e árvores exalam poesia.
Aqui, a coruja transforma-se em pavão,
o lobo, em belo pastor.
Para mudar a paisagem,
basta mudar o que sentes;
E se queres passear por esses lugares,
basta expressar o desejo.
Fixa o olhar no deserto de espinhos.
– Já é agora um jardim florido!
Vês aquele bloco de pedra no chão?
– Já se move e dele surge a mina de rubis!
Lava tuas mãos e teu rosto
nas águas deste lugar,
que aqui te preparam um fausto banquete.
Aqui, todo o ser gera um anjo;
e quando me veem subindo aos céus
os cadáveres retornam à vida.
Decerto vistes as árvores crescendo da terra,
mas quem há de ter visto o nascimento do Paraíso?
Viste também as águas dos mares e dos rios,
mas quem há de ter visto nascer
de uma única gota d’água
uma centúria de guerreiros?
Quem haveria de imaginar essa morada,
esse céu, esse jardim do paraíso?
Tu, que lês este poema, traduze-o.
Diz a todos o que aprendeste
sobre este lugar. [2]

POESIA O JARDIM DO AMOR...

O Jardim do Amor
O Jardim do Amor fui visitar, 
E vi então o que jamais notara: 
Lá bem no meio estava uma Capela, 
Onde eu no prado correra e brincara. 

E os portões desta Capela não abriam, 
E "Não farás" sobre a porta escrito estava; 
E voltei-me então para o Jardim do Amor 
Lá onde toda a doce flor se dava; 

E os túmulos enchiam todo o campo, 
E eram esteias funerárias as flores; 
E Padres de preto, em seu passeio secreto, 
Atando com pavores minhas alegrias & amores. 

William Blake, in "Canções da Experiência" 
Tradução de Hélio Osvaldo Alves


POESIA SOBRE A MORTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

A Morte - Poesia

Laécio Beethoven
I
A bênção, pai! A bênção, mãe! Ferida,
Murchou-se a trepadeira da arrogância;
Nascera como filha a tolerância;
Fizera amor a morte com a vida!

A mente, de pureza desprovida,
Transborda insensatez e ignorância;
Espíritos sem marcas de importância
Flutuam igual solidão perdida.

Em meio ao calar e ao consentir
Conceitos vão dos loucos emergir:
__A Morte é só irmã cruel de Deus!

Mistério, por crescer demais astuto,
Lhes deixa respirar mais um minuto
E zás! Carrega-os pra juntar aos seus.
II
A curva certa nessa vida torta,
Talvez, enfim, a única certeza.
Visita para quem prepara a mesa
Na hora que já bate vossa porta.

Breu nômade, habita a artéria aorta!
Percebe como pulsa a correnteza
E sente por um dia a natureza;
A força que o sangue bem transporta!

Visita o corredor do sentimento;
O vão triturador de sofrimento;
Percebe como nascem os prazeres!

A vida é que te fez nascer, ó morte!
Humanos recomendam melhor sorte:
__Ocupa-te com outros afazeres!
III
Estás no fio da faca matadora;
Na ausência do rebento, no tição,
No medo que semeia escuridão,
Dos céus e dos infernos, locutora!

Filósofos, de musa inspiradora;
Espíritas a chamam transição.
Completa e irreversível cessação
No morno prontuário da doutora.

A igreja branda a chama de descanso;
Às águas, uma espécie de remanso.
Vizinha dos pagãos, dos esqueléticos;

Imagem da ceifeira do respiro;
"Village" para último retiro;
Talvez, fonte de credo para os céticos.

IV
Que culpa tens de seres órfã filha?
Que culpa têm os seres que tu levas?
Que graça tem em seres mãe das trevas?
Ninguém sabe dizer da tua família.

Respira e sente a nossa maravilha!
As flores com jardins, "Adãos" e "Evas";
Os ares que nos servem quando cevas
As larvas desta sórdida "pandilha"!

De veres dos poetas toda a garra...
Terás de os ouvir em voz bocarra!
Enquanto não deslizam teus declives.

Passeias nos gemidos do homicídio;
Covarde, tomas álibi o suicídio.
Sinistra e solitária é como "vives".
V
Que cara é que tu tens, ó velha "in-sorte"?
De foice, de facão, de sangue ou tiro?
De pena no penúltimo suspiro?
Ferida, exaustão, pancada ou corte?

Responde ó febre crônica sem norte!
Sem rumo rodopias "sinistrogiro",
Oculta nesta veste de vampiro,
Cuspindo em nossa dor um passaporte!

Finito todo ser a ti se cala,
Porém, hás de levar no peito a bala
Pois vais saber do tempo o quanto és fútil.

Enquanto banqueteias-te nas guerras
Espíritos e almas não encerras!
Ao corpo morto tornas-te inútil.
VI
Avisas que faminta te aproximas
No braço que se quebra; na fratura,
Nas vãs enfermidades; em loucura,
Excessos e fenômenos. Nos climas.

A mão nos fracos desces, lá de cima;
Nenhum respeito tens pela ternura!
Temática abordada, por ventura,
Usaste precipícios feito ímãs?

Alguns aceitam tua Filosofia
E injetam-se com crença a anestesia
Na qual viver pra sempre é só vaidade.

Guardando ou respondendo teus recados
Suportam teus sintomas, conformados,
Ó tênue entre o pulso e a eternidade.

VII
Cabreira no soneto a voz rasteja.
Sussurram os "finandos" nos embates.
Não há bom pra vencê-la, nem empates.
Jesus provou: tu és Judas que beija.

Sutil sendo eutanásia a quem deseja,
De ti poupa, nos sonhos destes vates,
Os versos, improvisos, arremates;
Os gostos e verdades. Assim seja!

Na ânsia de xingar ou de beijá-la
Na língua toda angústia mor se cala.
Do velho brota o novo. Seja assim!

Vós sois inspirações, mortais. Sabei-la!
Não tendes progressão sem antes tê-la.
A morte é, pois início, meio e fim!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

O AMOR DE JESUS NÓS ACOLHE COM AMOR.


E UM ABRAÇO A TODOS E QUE JESUS ESTEJA COM VOCÊ PROTEGENDO-OS DE TODOS OS MALES DESSE MUNDO TÃO VIOLENTO, TÃO SEM AMOR E HUMILDADE.

AMÉM

REGINA RÉGIA

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

LINGUAGEM DE DEUS

  
       
      “Qual a razão por que não compreendeis a minha linguagem? É porque sois incapazes de ouvir a minha palavra.” (Jo. 8: 43).
       A linguagem que transmitimos nossos sentimentos pode ser expressa de várias formas. Porém, qualquer que seja a forma usada, é necessário que a pessoa ou pessoas a quem nos dirigimos volte a atenção para nós, a fim de que possam avaliar e decidir se aceitam ou não aquilo que transmitimos. Essa é a natureza que Deus deu aos seres humanos, ou seja, o princípio de livre escolha do que queremos. Mas também é o ponto onde o inimigo atua para demandar nosso destino. Por isso é considerado prudente quem avalia com atenção aquilo que ouve ou que é posto diante de seus olhos (Mt. 7: 24 e At. 13: 7).
       Os versículos acima reproduzidos relatam as Palavras de Jesus, quando pregou para um grupo de pessoas a respeito da maneira pela qual poderiam ser libertas da escravidão espiritual (Jo. 8: 31-32). Em princípio elas entenderam alguma coisa e se agradaram. Mas quando o Senhor passou a expor algo mais profundo concernente às coisas espirituais, elas rejeitaram (Jo. 8: 30 e 33). A observação desse fato leva à conclusão de que existe um bloqueio no entendimento das pessoas para impedir que elas venham a crer e ser salvas. Esse tipo de impedimento foi explicado por Jesus, através de uma parábola, como sendo uma ação do inimigo na dimensão espiritual gerando a incapacidade de entendimento da Palavra de Deus. Veja o texto:
     “Atendei vós, pois, à parábola do semeador. A todos os que ouvem a palavra do reino e não a compreendem, vem o maligno e arrebata o que lhes foi semeado no coração...” (Mt. 13: 18-19).
      O diabo sabe que a Palavra de Deus é viva e eficaz, e apta para levar as pessoas a discernir entre a verdade e a mentira (Hb. 4: 12). Por essa razão, procura indispor previamente aqueles que estão detidos no seu cativeiro, já que isso representa perca de almas. Portanto, a indisposição de ouvir a santa Palavra é um tipo de bloqueio destinado a impedir que as pessoas venham a entender a linguagem de Deus.
       As formas de bloqueios não atuam somente nos incrédulos. Elas encontram lugar também no coração de pessoas que já são cristãs, através da aceitação e prática de costumes que as Escrituras condenam. Nesse caso, o cristão fiel deve se esforçar para arrancá-las pela raiz, para se tornar pleno cumpridor do evangelho. O processo a adotar é o abandono das coisas que para o mundo parecem banais, mas para Deus é algo condenável. Veja a advertência de Jesus nesse sentido. Eis o texto:
      “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;  E porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.”(Mt. 7: 13-14).
       Entrar pela porta estreita representa uma renovação de nossa mente, no sentido de nos ajustar à vontade de Deus, e assim adquirir melhor percepção daquilo que Ele quer para nós. Muitos são os que não se esforçam para abandonar os costumes do mundo, mas também não recebem as bênçãos do Senhor, e inutilmente clamam sem ter respostas. Por isso, é necessário ser prudente cumpridor da santa Palavra, para que venhamos a perceber os sinais das bênçãos.
       Um exemplo disso foi dado pelo profeta Elias. No monte Carmelo, enquanto orava pedindo chuva, mandou que seu moço observasse o sinal de formação de nuvens. O moço foi várias vezes olhou para o lado do mar e nada via senão o azul do céu. Mas Elias manteve a ordem e perseverou em oração. Na sétima vez que o moço olhou viu uma pequena nuvem do tamanho da palma da mão de um homem. Elias identificou como sendo o sinal da benção, e em pouco tempo a chuva desceu (I Re. 18: 42-43-44).     
       O aprendizado da Palavra de Deus é como o trabalho do garimpeiro na mina de ouro. Se ele ficar apenas na superfície do garimpo, encontra algumas pequenas pepitas. Mas se ele quer alcançar grandes veios do metal precioso, tem de descer nas profundezas da terra. Portanto, vamos imitar o garimpeiro ambicioso, buscando aprender a linguagem de Deus nas entrelinhas das Sagradas Escrituras.

       Que o Senhor te abençoe e te guarde.

                                                                     Natanael de Souza
      

terça-feira, 4 de novembro de 2014

 A flor é o enfeite da alma
È o enfeite das vida
É presente de Amor
Também de Paz
Alegria!

REgina Régia