domingo, 16 de fevereiro de 2014





Neve do Tempo

A neve branca leve como uma pluma
Essa neve também representa o frio
E enfeita a Natureza.
Ela representa pela sua alvides a pureza
De um ser sem pecado.

A neve cobre as mais altas montanhas
Transformando a Natureza na mais bela
Paisagem que extasia o nosso olhar.
Podemos vê-la através da vidraça
Do tempo da vida...

Quando os nossos cabelos ficam
Brancos como esta neve que cobre
Os campos e as montanhas
Nos trás uma experiência de vida
Muito grande de dias vividos.

Ela é a chuva que se transforma em flocos
De neve e cada floco que cai representam
Os anos já vividos que passamos pelo mundo.

Os cabelos ficaram brancos, por percorrermos
Todo o nosso caminho de existencia
Então sentimos a leveza de nossos
Cabelos brancos, como a neve.

Deixando neste mundo a nossa beleza
Que enfeita a Natureza como a neve
Branca como a cor da paz
Representando os nossos feitos
Que nos engrandecem com a nossa
Passagem pela vida.

Assim com a neve que sempre este presente
No mais alto topo das montanhas e na vegetação.
Se a neve faz parte da Natureza
Nós também somos um espetáculo da vida.


Regina Régia

sábado, 15 de fevereiro de 2014

DIVULGAÇÃO DO MANIFESTO DA CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES DE SÃO JOAQUIM

DIVULGUE !
 






ESTA MENSAGEM DEVERIA SER DIVULGADA PARA TODOS OS BRASILEIROS,POIS É CLARA E VERDADEIRA.
CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22
ORIENTE DE SÃO JOAQUIM – FILIADA AO GOSC
 
Vivemos um dos momentos mais difíceis de nossa história.
O povo está sendo mantido na ignorância e sustentado por um esquema que alimenta com migalhas a miséria gerada
por essa mesma ignorância.
A tirania mudou sua face.
Já não encontramos os tiranos do passado que
com sua brutalidade aniquilavam as
cabeças pensantes, cortando o pescoço.
Os tiranos de hoje saqueiam a Pátria e degolam as cabeças
de outra forma.
A tirania se mostra pela corrupção que impera em todos os níveis.
Encontramos mais viva do que nunca as palavras do Imperador
Romano Vespasiano que na construção do Grande Coliseu disse:
“DAI PÃO E CIRCO PARA O POVO”.
Esse grande circo acontece todos os dias diante de nossos olhos,
especialmente sob a influência da televisão,
que dá ao povo essa fartura de “pão” e de “circo”.
 
Quando pensamos que a fartura acaba, surgem mais opções.
Agora vemos a Pátria sendo saqueada para a construção de monumentais estádios de futebol,
Atualmente chamados de arenas, nos moldes do que era
o Coliseu, uma arena.
Enquanto isso os hospitais estão falidos, arruinados,
caindo aos pedaços.
Brasileiros morrem nas filas e nos corredores desses hospitais;
já outros filhos da Pátria morrem pelas mãos de bandidos inescrupulosos
que se sentem impunes diante de um Estado inoperante,
ineficiente e absolutamente corrompido.
Saúde não existe, educação não há, segurança, muito menos.
Porém, a construção dos “circos” continua !
Mas o pão e o circo também vêm dos “Big Brothers”
das “Fazendas”, das novelas que de tudo mostram,
menos verdadeiros valores e virtudes pessoais.
Quanto mais circo, mais pão ao povo.
 
E o mais triste é que o povo, mantido na ignorância,
 é disso que mais gosta.
Nas tardes, manhãs e noites, não faltam essas opções
de “lazer”.
O Coliseu está entre nós.
O circo está entre nós.
Já o pão, esse vem do bolsa isto, do bolsa aquilo,
mantendo o povo dependente do esquema,
subtraindo-lhe a dignidade e a capacidade de conquistar
melhores condições de vida com base em suas qualidades,
em seus méritos, em suas virtudes.
 
Agora, o circo se arma em torno do absurdo que se coloca
à população de que o problema de saúde é culpa dos médicos.
Iludem e enganam o povo, pois fazem cair no esquecimento
o fato de que o problema de saúde no Brasil é estrutural,
pois o cidadão peregrina sem encontrar um lugar digno,
nem mesmo para morrer.
 
Então, absurdamente, em desrespeito aos filhos da Pátria,
são capazes de abrir as portas para profissionais estrangeiros,
alguns poucos não cubanos.
Os tiranos têm a audácia de repassar
R$ 40.000.000,00 mensais
que são sangrados dos cofres públicos para sustentar
um outro governo falido e também tirano, o cubano;
um dinheiro sem controle e sem fiscalização.
Os pobres profissionais que de lá vêm, não têm culpa.
É um povo sem liberdade, sem direito de expressão,
escravo da tirania.
Esses médicos recebem migalhas daquele governo.
 
Mal conseguem sustentar a si e a seus familiares.
 
Os R$ 40.000.000,00 que serão mensalmente enviados
para Cuba solucionariam
o problema de inúmeros pequenos hospitais
pelo interior deste País.
Mas não é a isto que ele servirá.
Nós estamos a financiar um trabalho explorado, escravizado,
de profissionais que não têm asseguradas as mínimas
condições de dignidade de pessoa humana,
 porque simplesmente não são homens livres.
E nós, brasileiros, devemos nos envergonhar de tudo isto,
porque estamos sendo responsáveis e coniventes
por sustentar todo esse esquema, todos esses vícios,
comportando-nos de maneira absolutamente inerte.
 
Esses governantes,
que tanto criticam o trabalho escravo,
também não esclarecem à população o fato
de um médico brasileiro receber o mísero valor de R$ 2,00
 por uma consulta pelo SUS.
Do valor global anual que recebem, ainda é descontado
o Imposto de Renda,
através de uma escorchante tributação sobre o
serviço prestado,
que pode chegar ao percentual de 27,5%.
Em atitude oposta, remuneram aqueles que não são
filhos da Pátria, os estrangeiros,
com o valor de R$ 10.000,00 mensais por profissional,
cabos eleitorais desses governantes.
 
Profissionais da saúde no Brasil, servidores públicos de carreira,
à beira da aposentadoria, com dedicação de uma vida
inteira, receberão quando da aposentadoria metade
do valor pago ao estrangeiro.
 
Não podemos aceitar a armação desse circo,
em cujo picadeiro o povo brasileiro é o palhaço !
 A Maçonaria foi a grande responsável
por movimentos históricos e por gritos de liberdade
em defesa da dignidade do homem.
Foi por  Maçons que se deu o grito de Independência do Brasil,
da Proclamação da República, da Abolição da Escravatura.
Foi por Maçons que se deu o brado da Revolução Farroupilha.
 
E o que está fazendo a Maçonaria de hoje ao ver o circo armado,
com a distribuição de um pão arruinado pelo vício
que sustenta essa miséria intelectual ?
 
Não podemos ficar calados e inertes !
A Maçonaria, guardiã da liberdade, da igualdade e da
fraternidade,  valores que devem imperar entre todos os povos,
 precisa reagir, precisa revitalizar seu grito,
seu brado para a libertação do povo.
Esse é o nosso dever, pois do contrário não passaremos
de semente estéril, jogada na terra apenas para apodrecer
e não para germinar.
 
A Loja Maçônica Acácia das Neves incita a todos os Irmaos:
para que desencadeemos um movimento
de mudança, de inconformismo, fazendo ecoar de forma
organizada, a todas as Lojas e os Maçons desta Pátria,
o nosso dever de cumprir e fazer cumprir a nossa missão
de levantar Templos à virtude e de
cavar masmorras aos vícios !
De: GOSC [mailto:portal@gosc.org.br]
Enviada em: sexta-feira, 20 de setembro de 2013 11:46
Assunto: CARTA DA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DAS NEVES Nº 22
Prioridade: Alta
Caros Irmãos,
Concordando com as palavras desta manifestação
da Loja Acácia das Neves de São Joaquim,
recomendamos a leitura e a divulgação entre os Irmãos e
principalmente entre nossos contatos no mundo profano.

Fraternalmente,

Alaor Francisco Tissot
Grão-Mestre - GOSC
 
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Os pássaros da cidade...








Os pássaros estão invadindo as cidades, porque estamos cada vez mais avançando em seu espaço de habitar-te natural, com o desmatamento e a rapidez crescente das cidades.
Na minha cidade tinha muitas pombas que invadiram a cidade, os jardins e praças. As casas tinham que serem forradas para que os pombos não fizessem ninhos. Isso começou tornar-se um problema muito grande para a população de mina cidade. O mais estranho que achei é que em curto prazo as pombas sumiram da cidade como um passo de mágica. Fico pensando como elas sumiram tão rápido. Isto para mim é um mistério.
Agora no inicio do ano começou a aparecer os periquitos e as ararinhas, voam por toda parte, nas ruas, praças e muitas vezes ficam encima das casas, ou nos fios da rede elétrica.

A beleza das aves nas ruas e praças é constante, mas acho isso estranho, porque lugares de pássaros são nas florestas, mas como podem ficar. La se elas estão acabando, devido o desmatamento para o plantio da agricultura. Às vezes quando tem as queimadas, quanta destruição de ninho de pássaros, seus ovos e filhotes.
É lindo todas as manhãs e a tarde a revoada de pássaros no céu, muitos voltam para as matas que ainda restam e , a maior parte fica nas arvores da cidade.
A mudança esta se dando nos biomas, pelas plantações de cana de açúcar e o aumento de usinas de álcool e açúcar.

O progresso é bom, mas ele trás muitas transformações, para a nossa vida do dia a dia. Hoje é proibido pássaros nas gaiolas, só pode ter pássaros que foram nascidos, nos criadores , autorizados pelo IBAMA.  Mas existe muito contrabando de pássaros clandestino. Isso é uma perda muita gente pelas espécies de pássaros, e muitos estão em extinção, como outros já se extinguiram e vemos só em livros de estudioso de pássaros, verdadeiros biólogos cientistas que estudam seus habitar te natural.
 Demoram anos para catalogar e estudar uma espécie de pássaros. Nesta região do interior de São Paulo, quase a beira do Rio Tiete, quando havia mata a sua volta tinha muitas espécies de pássaros, é hoje vemos muitos pássaros na cidade, com fogo apago, bem-te-vi, João de barro, rolinhas, pardais, e muitas outras espécies. Mas apesar de tudo isso ainda é gratificante ao amanhecer ouvir o canto dos pássaros., que se repete também ao entardecer.

Regina Régia


sábado, 8 de fevereiro de 2014

COPA DE 2014



HINO À BANDEIRA

Informações gerais
A letra do Hino à Bandeira  foi escrito por Olavo Bilac e a música composta por Francisco Braga. Ele foi apresentando pela primeira vez em 9 de novembro de 1906.

Salve lindo pendão da esperança!
Salve símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança
A grandeza da Pátria nos traz. Recebe o afeto que se encerra
em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Em teu seio formoso retratas
Este céu de puríssimo azul,
A verdura sem par destas matas,
E o esplendor do Cruzeiro do Sul. Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Contemplando o teu vulto sagrado,
Compreendemos o nosso dever,
E o Brasil por seus filhos amados,
poderoso e feliz há de ser! Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
Sobre a imensa Nação Brasileira,
Nos momentos de festa ou de dor,
Paira sempre sagrada bandeira
Pavilhão da justiça e do amor!Recebe o afeto que se encerra
Em nosso peito juvenil,
Querido símbolo da terra,
Da amada terra do Brasil!
____________________
Glossário:
- Pendão: bandeira, estandarte
- Augusto: digno de respeito, solene, imponente

 - Formoso: belo. perfeito
- Vulto: semblante, fisionomia
- Pavilhão: bandeira, estandarte





A Formiga

A formiga anda pela floresta
Em busca de alimento
São organizadas no formigueiro
Como uma sociedade responsável
A formiga trabalha o dia inteiro
Levando seu alimento para o formigueiro
É admirável o seu trabalho o ano inteiro

Regina Régia

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

EU SOU CADEIRANTE E SEMPRE QUE VOU VIAJAR DE AVIÃO SINTO-ME CONSTRANGIA, PORQUE TENHO QUE SER CARREGADA PARA DENTRO DA AERONAVE, CARREGADA POR DOIS FUNCIONARIOS PARA SUBIR A ESCADA DA AERONAVE, EM SÃO JOSE DO RIO PRETO-SP

Nova publicação em TURISMO ADAPTADO

Deficiente sofre, também, nos aeroportos

by Ricardo Shimosakai
O drama de pessoas com deficiência que precisam viajar de avião. Eles enfrentam falta de acessibilidade nos aeroportos brasileiros.O drama de pessoas com deficiência que precisam viajar de avião. Eles enfrentam falta de acessibilidade nos aeroportos brasileiros.
Quando Isabel Cristina Rabelo Passos, Pedagoga e cadeirante, decidiu viajar de avião pela segunda vez, achou que teria uma experiência diferente da primeira, mas nos dois voos nacionais, um para Belo Horizonte e outro para o Rio de Janeiro o constrangimento foi o mesmo.
“Nos dois voos eu tive que ser carregada, o que é perigoso porque você não sabe se a pessoa tem a prática de pegar uma cadeira de rodas e descer escadas. É muito constrangedor um desembarque de 5 ou 10 minutos levar 1 hora”, critica Isabel.
Isabel não é a exceção. O cadeirante especializado em turismo adaptado, Ricardo Shimosakai, viaja pelo menos 1 vez por mês à trabalho, e já enfrentou situações parecidas.
“Eu estava voltando da Argentina e estava necessitando de um ambulift, que é um carro-elevador para quando o avião para na pista, fazer a sua descida da aeronave. Fiquei esperando mais de 1 hora. Fui saber a razão disso, e eles disseram que havia mais 5 cadeirantes na minha frente para utilizar o equipamento. Então eu tive que esperar esse tempo todo”, comenta Ricardo Shimosakai.
De acordo com a resolução da ANAC, o embarque e desembarque do passageiro com necessidades especiais, devem ser feitos preferencialmente por pontes de embarque, elevadores ou rampa. Carregar manualmente o passageiro em situações que não são emergenciais, é proibido de acordo com a norma.
Outra reclamação frequente segundo Ricardo, é com relação ao transporte das cadeiras de rodas. O deficiente físico tem direito a levar a sua sem pagar nenhuma taxa extra. O ítem deve ser considerado frágil e prioritário, e levado no mesmo voo do passageiro. Caso o equipamento seja danificado ou perdido, o operador tem o prazo de 14 dias para indenizar o cliente ou substituir o ítem. Obrigação que no caso de Ricardo, levou mais de 6 meses para ser cumprida.
“Isso é uma danificação muito grave. Então eu pedi para a companhia aérea, que ela me indenizasse. Na verdade eu fui com uma proposta para melhorar o serviço dela, mas não aceitaram, então eu fiz com que pagassem minha cadeira, e pagaram 17 mil reais por uma cadeira de rodas nova”, complementa Ricardo.
“Eu dei uma volta com o Ricardo, e a gente pode perceber que para os cadeirantes, o problema do aeroporto começa já na chegada. Por exemplo, pouquíssimas empresas tem um guichê rebaixado para atender os cadeirantes. Algumas que tem, ainda aproveitam para colocar alguns objetos”, observa a repórter Karina Zasnicoff.
“Às vezes quando eu me dirijo à um tipo de balcão como esse (com altura rebaixada) que não tem ninguém, o atendente que está do lado, pede para eu me deslocar até o outro balcão inacessível, ele não vem até o balcão acessível”, diz Ricardo.
Durante o trânsito nos aeroportos as empresas aéreas fornecem cadeiras de rodas e funcionários para ajudar. No caso de Maria Luiza Pires, a norma foi cumprida, só que o equipamento estava em péssimas condições.
“Me deram essa cadeira quebrada e infelizmente se eu soltar ela, vai parar lá na avenida, não tem trava. Se eu estivesse sozinha carregando minha mãe e as malas, eu tinha acidentado ela”, explica Maria Luiza.
A Infraero, operadora do Aeroporto de Congonhas, informou que dispõe de 2 ambulifts para atender os passageiros com deficiência física. Já a GRU Airport, que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos, informa que possui 3 destes aparelhos.
Em nota a ANAC respondeu que a resolução de acessibilidade, que passou a vigorar em janeiro de 2014, traz um cronograma obrigatório para que cada aeroporto tenha ambulifts de acordo com o número de passageiros transportados, e ressalta que a fiscalização sobre segurança é sua prioridade. A companhia aérea Gol esclarece que sobre os balcões de vendas de passagens, mantém somente itens necessários para atendimento e prestação de informações aos passageiros, de acordo com o que determina a legislação. E a TAM lamenta os transtornos causados às passageiras e informa que está examinando o estado de conservação das cadeiras de rodas oferecidas pela companhia em Congonhas.
Fonte: TV Gazeta

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O QUE O GOVERNO ESTA FAZENDO COM O POVO BRASILEIRO!!!

Nem aposentadoria nem água
                Carlos Lúcio Gontijo       
        Sejamos francos: dentro da grande mídia não há jornais nem para ler nem para ver. Blogs e sites na internet quebraram o monopólio da notícia, mas a velha mídia e seus proprietários de sempre ainda cultivam o vício de plantar e editar notícias, ao passo que seus editorialistas e colunistas, numa tentativa de agradar seus patrões, radicalizam os seus discursos, passando a promotores ou vaticinadores de crises e caos. Se levarmos em conta o noticiário da grande mídia, chafurdada em partidarismo político, não temos à frente apenas o limiar de um golpe nos horizontes da política brasileira, mas todo o desenrolar de um novelo de horrores sem fim na vida de cada um de nós.
         A violência é estampada, com toda a sua crueza, pela imprensa. Se o repórter chega atrasado e não encontra o corpo estendido no chão, ele fotografa o sangue da vítima na calçada – mais que bala perdida, temos meios de comunicação completamente perdidos e cada vez mais afogados em crise de credibilidade. Contudo, insistem em escamotear fatos, mesmo sob a certeza de que serão instantaneamente desmedidos pela informação virtual, como se deu no caso da bolinha de papel atirada em José Serra, então candidato à Presidência da República pelo PSDB, e que foi transformada em bólido mortífero pelo jornalismo da Globo, com apoio de perito criminalista e tudo o mais.
        Assistimos temerosos à “justicialização” da política e à transformação da atividade parlamentar numa espécie de trabalho ilegal, onde todos são bandidos e merecedores de cadeia. A sanha irracional comete o equívoco de propagar a ideia de que tudo seria solucionado se acabássemos com a existência da classe política, que segundo o que se alardeia parece ter vindo de outro planeta e não do próprio meio social em que vivemos, onde existe muita gente desejosa de ascender ao poder que jamais seria eleita nem para síndico do prédio em que mora, que acha que o povo cheira mal e que pobre tem mais é que morrer, culpando-o pela falta de competitividade e incapacidade de sucesso no mercado de trabalho.
         Aos olhos neoliberais, que veem as políticas sociais de compensação como gasto público indevido, sob a inconfessável teoria de que o funcionamento da economia produz dejetos tanto de ordem material quanto humanos. Ou seja, os que não servem à força de trabalho capitalista, numa seletividade economicamente natural, merecem ser condenados à morte e descartados em benefício da massa perfumada, a parte boa do estrato social.
               Nesta semana, fomos dar prova anual de vida ao INSS, que ciente do estrago que promove na qualidade de vida dos trabalhadores aposentados, através do famigerado fator previdenciário e constantes reajustes abaixo dos reais índices de inflação, chega a imaginar, com toda a razão, que muitos deles, em curtíssimo espaço de tempo, sairão do duro combate, não resistirão às filas do SUS e ao alto preço dos medicamentos. Pois bem, seguimos os trâmites legais da exigência burocrática e confirmamos ao governo a nossa existência renitente. À noite, a mídia do “está ruim, mas pode piorar”, jogou na tela da tevê o crescimento das despesas (não seria investimento em desenvolvimento humano!) do governo com os aposentados, com os conhecidos e sisudos comentaristas de todo o dia, verdadeiros “condes da boa morte”, ampliando o quadro da notícia ruim. A neta Luara, que em agosto desde ano completará 15 anos, estava em cômodo ao lado, entretida no computador. Sorte dela, pois o exercício futurístico de duas manchetes em sequência, afirmava que, em pouco tempo, não haverá aposentadoria e muito menos água potável em quantidade suficiente!
       Carlos Lúcio Gontijo
      Poeta, escritor e jornalista

POEMAS DA ÉPOCA DO PARASIANISMO

Eu vos direi "Amei para entendê-las
Pois só quem ama pode ter ouvidos
Capaz de ouvir e entender as estrelas."
(Via Láctea) Olavo Bilac

"Há quem me julgue perdido,
porque ando a ouvir estrelas.
Só quem ama tem ouvido
para ouvi-las e entende-las.."
Olavo Bilac


"O amor que a teu lado levas,
a que lugar te conduz,
que entras coberto de trevas
e sais coberto de luz?"
Olavo Bilac


"Ao coração que sofre, separado
Do teu, no exílio em que a chorar me vejo,
Não basta o afeto simples e sagrado
Com que das desventuras me protejo.
Não me basta saber que sou amado,
Nem só desejo o teu amor: desejo
Ter nos braços teu corpo delicado,
Ter na boca a doçura de teu beijo.
E as justas ambições que me consomem
Não me envergonham: pois maior baixeza
Não há que a terra pelo céu trocar;
E mais eleva o coração de um homem
Ser de homem sempre e, na maior pureza,
Ficar na terra e humanamente amar."
(Ao Coração Que Sofre) Olavo Bilac





"Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos!
Mostra-me sem medo
Aos homens, afrontando-os face a face:
Quero que os homens todos, quando eu passe,
Invejosos, apontem-me com o dedo.
Olha: não posso mais!
Ando tão cheio
Deste amor, que minh'alma se consome
De te exaltar aos olhos do universo...
Ouço em tudo teu nome, em tudo o leio:
E, fatigado de calar teu nome,
Quase o revelo no final de um verso"
(Deixa o Olhar do Mundo) Olavo Bilac


Biografia de Olavo Bilac


Olavo Bilac (1865-1918) nasceu no Rio de janeiro, no dia 16 de dezembro. Era filho do cirurgião militar, Brás Martins dos Guimarães e de Delfina Belmira Gomes de Paula. Estudou Medicina e Direito, sem concluir nenhum dos cursos. Dedicou-se ao jornalismo e à poesia. Foi noivo de Amélia de Oliveira, irmã de seu amigo Alberto de Oliveira, que foi impedida de casar por outro irmão que não aceitava a vida de poeta boêmio que Bilac levava.
Colaborou em vários jornais e revistas como Gazeta de Notícias e Diário de Notícias. Exerceu o cargo de Secretário do Congresso Pan-Americano em Buenos Aires. Foi inspetor de instrução de escola pública e membro do Conselho Superior do Departamento Federal. Exerceu constante atividade nacionalista, realizando pregações cívicas em todo país sobre a obrigatoriedade do serviço militar.
Pertenceu à Escola Parnasiana Brasileira, sendo um dos seus principais poetas. Sua primeira obra foi "Poesias", publicada em 1888. Nela o poeta já estava identificado com as propostas do Parnasianismo. Sua poesia apresentava várias temáticas. Na linha tipicamente parnasiana, escreveu sobre temas greco-romanos. Fez várias descrições da natureza, indicando uma herança romântica.


Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac, morreu no Rio de Janeiro,
no dia 28 de dezembro de 1918.

Postada por Regina Régia
FONTE:http://e-biografia.net/ovalo_Bilac




Chantagem

Eu te avisei
Não faça chantagem
Por que pode ser guerra
Como pode levar a paz
Eu sei que tem que...
Correr atrás pois a
Chantagem passa
Ela te levantar
Ou faz você  cair...
Dentro do poço
Onde pode não
Sair jamais...

Não olhe para trás
Porque pode tropeçar
Pode essa chantagem
Também ser vulgar...
Por que só se pode amar
Sem chantagear e
Sem cobrar...
Pois o amar
É se entregar
Ao seu amado
Pois é um sentimento
Profundo...


Regina Régia

HOMENAGEM AO POETA DESCALÇO



TRÉGUA & BANDEIRA BRANCA
Ary Franco (O Poeta Descalço)

            No alcançar dos meus oitentanos vividos, faz-se mister que manobre ligeiramente o timão do meu barco em busca de águas mais serenas. Mesmo cônscio de que minhas mãos ainda estejam firmes no leme, sinto-me compelido a diminuir a velocidade do meu navegar, procurando águas menos turbulentas e eventualmente descansar em providenciais remansos existentes em acolhedoras enseadas nesta minha abençoada viagem.
            Agora, as distâncias entre os portos, embora ilusoriamente, parecem-me ter aumentado e, após a chegada a cada atracadouro, se faz necessária maior TRÉGUA,  antes de um novo levantar âncora.
            Sempre recebi de Deus a graça de contar com um farol em minha rota, alertando-me sobre perigosos recifes que inevitavelmente far-me-iam soçobrar. Iniciei essa viagem no despontar de minha juventude aos dezoito anos, em uma nau possante, arrostando ondas em mar bravio. Ajudei náufragos, ganhei bem-aventurados passageiros a bordo, a família que constituí. Com o passar dos anos, dois de meus filhos desembarcaram a salvo em portos seguros, permanecendo comigo a bordo minhas amadas esposa e uma filha, razões que me fazem seguir adiante sem esmorecer.
            Passei por momentos difíceis em que fui obrigado a usar a própria madeira da estrutura do vapor para poder manter a insaciável fornalha acesa. Décadas depois, o tamanho da nau foi diminuindo até chegar hoje a um barco à vela dependente das lufadas de brisas amenas e favoráveis para sua locomoção. Se numa eventual calmaria a vela enfunada se enruga, necessário se faz remar. Aí busco forças com meus amados filhos, pois já me falta elã suficiente para essa cansativa empreitada.

            Hoje, no lugar da bandeira colorida tenho hasteada no pico do mastro uma BANDEIRA BRANCA simbolizando a dadivosa paz com que Deus me gratifica pelo esforço até então despendido. Talvez umas milhas marítimas mais adiante tenha que jogar âncora em definitivo em um porto chamado “Destino” e, em lá chegando, deveremos desembarcar  em terra firme, dando por terminada esta minha derradeira viagem.