perco-me, atenta
em cada sulco e marca desta página
que escreveste: uma viagem, onde
cada início ou som de letras
pode ser um começo, simplesmente,
ou uma volta ao final
perco-me e me dôo
independente do tempo que passou
porque ali está um poema,
o registro de um amor
sem data porém com cheiro:
quase tua forma de me olhar
uma coisa de abrir e de fechar;
som-bumbo de um coração
movimentos fugidios
ritmados, naquela cadência
[o medo de se entregar]
Eliana Mora, sem data
Eliana Mora, jornalista e poeta
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